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SUBVERSAO SELVAGEM
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As balas assassinas não calam a poesia
e no sangue do poeta
ecoará sempre
um grito indómito na madrugada
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e contra a tirania da força bruta
e os crimes de guerras telecomandadas
das altas poltronas dos gabinetes
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contra o império da ignorância instituida
e a prepotência económica dos gananciosos
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contra a manipulação mediática
de todos os teus sonhos e valores
e a hipocrisia de padres, juizes e generais
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contra a numeração abstracta
com que nos quer anular
o monstro anónimo da burrocracia
e a escravidão industrial
que te iludem com circos televisivos
e outras fantasias das demagogias
re pre sen ta ti vas
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contra a raça dos senhores ociosos
de consciências engravatadas
e depositadas a prazo
em contas secretas ...
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no meu poema ressoará sempre
da justiça a sede eterna
e na voz a fome selvagem
de insubmissão e de liberdade !
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Joaquim Paz
publicado in Jornal "A BATALHA"
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